Sabes como é que «Henry o Monstro Feliz» saltou das páginas de um livro para o ecrã de uma série de televisão? O SAPO Kids esteve em Dublin a falar com a criadora do Henry, Niamh Sharkey, que deu uma entrevista que publicamos ontem, hoje conta-nos mais!
Como é que um pequeno livro ilustrado publicado em Dublin se tornou uma série de animação da Disney?
Normalmente, a Disney está atenta aos livros que vão saindo e contacta os autores. Mas desta vez foi ao contrário, eu peguei no livro que escrevi e ilustrei, o «I'm a Happy Hugglewug», e vim propô-lo em 2007 a este estúdio, que também fica em Dublin, o Brown Bag Films. Trabalhámos durante uns dois anos no desenvolvimento da série e criámos um livro de referência, uma espécie de bíblia com todos os detalhes do mundo do Henry, para podermos criar personagens e histórias a partir daí. Depois, eles fizeram um teste de animação e filmaram um «workshop» que eu fiz na minha antiga escola, em que ensinei crianças a desenhar monstros. Nesse dia, havia uns 600 miúdos vestidos de personagens Disney porque era Dia Mundial do Livro e todos estavam a imitar os monstros. Com isto tudo na mão, marcámos uma reunião com a Disney e eles adoraram o projeto.
O que é que cativou a Disney nas histórias do Henry?
A Disney adorou sobretudo o conceito da família. Eles estavam muito interessados na ideia de uma série sobre a família, mas contada do ponto de vista de uma criança do pré-escolar. E a seguir desenvolvemos tudo ainda com mais profundidade, acrescentámos outros monstros, como os gigantes Enormomonsters.
Como é para uma desenhadora ver as personagens que criou ganharem vida e movimento?
É maravilhoso, é provavelmente a melhor coisa do mundo. Eu fui produtora executiva na série e ia ao estúdio duas ou três vezes por semana. E fiquei fascinada com a imensidão de detalhes que uma série destas exige: há uma quantidade infindável de desenhos, correções, coisas que não funcionam e têm de ser feitas outra vez... Os cenários criados são fantásticos, e a música também, porque há uma ou duas canções por episódio. Foi um desafio constante e infinitamente recompensador. Acho que é impossível não gostar da série.
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